quarta-feira, 8 de junho de 2011

Gleisi Hoffmann defende 'convivência respeitosa' e rejeita rótulo de trator


Quarta-feira, 08 de junho de 2011.
A nova ministra-chefe da Casa Civil de Dilma no discurso de despedida, hoje
(foto Wilson Dias/Agência Brasil)
Em discurso de despedida no plenário do Senado, a nova ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) fez nesta quarta-feira um afago aos aliados, especialmente ao PMDB, e à oposição. Pouco antes de assumir um dos cargos de coordenação política do governo, Gleisi rejeitou o rótulo de "trator" do Executivo no Senado ao afirmar que espera manter a "convivência respeitosa" com os parlamentares na Casa.
A senadora citou nominalmente o PMDB e os senadores Humberto Costa (PT-PE), José Sarney (PMDB-AP), Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Delcídio Amaral (PT-MS) para agradecer a convivência na Casa. Maior partido no Senado, o PMDB é considerado aliado essencial para o governo conseguir aprovar projetos de seu interesse na Casa.
Ao falar do novo cargo, Gleisi disse que vai cumprir a "nova missão" levando em conta a experiência adquirida em pouco mais de quatro meses no Senado. Em nenhum momento do seu discurso a senadora citou o ex-ministro Antonio Palocci, a quem sucederá na Casa Civil, nem a crise que o afastou do cargo.
APOIO
Gleisi recebeu apoio de senadores governistas e da oposição ao final do seu rápido pronunciamento. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) elogiou a escolha da senadora por Dilma, mas cobrou da petista maior diálogo com a oposição em sua nova função.  Antes de subir à tribuna, Gleisi conversou rapidamente com Aécio --a quem disse que vai "precisar de ajuda" no Congresso. O líder do DEM, senador Demóstenes Torres (GO), fez elogios à nova ministra, mas também cobrou diálogo do Palácio do Planalto com a oposição. Aliado do governo, o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) disse que a senadora ficará marcada pela sua "clarividência, capacidade de trabalho e discernimento" no trabalho exercido no Senado. O Senado, com a sua saída, perde em qualidade. Tenho certeza, no entanto, que o governo da presidente Dilma ganhará muito com a sua presença na Casa Civil", afirmou o ex-presidente.
Gleisi será empossada na tarde de hoje na Casa Civil, em cerimônia no Palácio do Planalto. Em seu lugar no Senado, assume o suplente Sérgio de Souza (PMDB), que é advogado e políticamente ligado ao ex-governador Orlando Pessuiti.  (Agência Brasil)

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