segunda-feira, 6 de junho de 2011

MP pede que prefeito de Londrina, Barbosa Neto, seja também investigado pelas denúncias da Operação Antissepsia


Segunda-feira, 06 de junho de 2011.

O Ministério Público de Londrina formalizou nesta segunda-feira a denúncia contra 15 pessoas por desvios de recursos públicos da área de saúde, no que foi chamado de Operação Antissepsia. Além dos indiciados, o prefeito Barbosa Neto (PDT) e sua mulher, Ana Laura Lino, foram citados e o MP pede que seja apurado o seu envolvimento nas fraudes. As investigações foram realizadas pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
Em razão da presença do chefe do Executivo, a ação relativa ao Instituto Atlântico - que executa serviços terceirizados pelo Município - será automaticamente remetida à segunda instância, o Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná, em razão do "foro privilegiado" do prefeito - podendo ser acatada ou não.
Em outro inquérito, relativo a suposto desvio de dinheiro pelo Instituto Gálatas (também terceirizado da Prefeitura), o MP indiciou 15 pessoas como resultado da "Operação Antissepsia", que investigou possível esquema de desvio por meio de notas frias. A ação criminal deste caso foi acatada pela juíza Oneide Negrão, da 3ª Vara Criminal.
Em entrevista coletiva nesta tarde, promotores liderados por Cláudio Esteves, anunciaram o resultado da operação, realizada entre 10 e 30 de maio. Os quinze suspeitos indiciados neste caso, segundo o Ministério Público, estariam de alguma forma ligados ao Instituto Gálatas. Teriam sido desviados pelo menos R$ 318 mil. Falta, ainda, a divulgação dos possíveis indiciados nas investigações relativas ao Instituto Atlântico.
O Gaeco apurou que houve crimes de formação de quadrilha, peculato (apropriação indébita por agente público), corrupção ativa e ativa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Os resultados das investigações foram anunciados nesta tarde pelos promotores Cláudio Esteves, Leila Voltarelli, Jorge Costa, Renato Lima Castro e Paulo Tavares.
Segundo o MP, a primeira-dama Ana Laura teria recebido R$ 20 mil, intermediados por um secretário municipal (que seria o secretário de Planejamento, Fábio Góis). O dinheiro teria sido pago pelo Instituto Atlântico, presidido pelo advogado Bruno Valverde - suspeito também de fornecer notas frias para o Instituto Gálatas.
Os indiciados foram: Silvio Luz Rodrigues Alves, Gláucia Cristina Chiararia Rodrigues, Fidélis Canguçu, Joel Tadeu, Marcos Ratto, Bruno Valverde, Juan Monastério, Flávio Martins, Antônio Carlos Martins, Alessandro Martins, Gilberto Alves de Lima, Marcos Aurélio de Araújo, Alexandro Ascenção, Gustavo Politi e Claudecir Lamberti
. (Jornale)

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