sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Professor universitário é morto após discussão; Polícia acredita que homicídio teve motivação homofóbica

Sexta-feira, 06 de janeiro de 2012.
Cleides Antônio Amorim era coordenador do Curso de Ciências
Sociais da Universidade Federal do Tocantins (Foto/Divulgação)
Um professor universitário da UFT (Universidade Federal do Tocantins) foi morto na madrugada de quinta-feira (5), após uma discussão. Pelas informações da Polícia Civil do Tocantins, Cleides Antônio Amorim, coordenador do Curso de Ciências Sociais da UFT, estava em um bar em Tocantinópolis com mais dois amigos. Mais tarde, um homem identificado como Gilberto Afonso de Sousa chegou acompanhado de uma mulher e de dois homens. Ao ver o professor, Sousa, embriagado na versão da polícia, passou a gritar em direção ao professor universitário: “Nessa mesa só tem viado”. Testemunhas contaram à polícia que os dois discutiram e Sousa deu uma facada no professor. O autor do crime ainda está foragido. 
O professor
Cleides Antônio Amorim era coordenador do curso de Ciências Sociais da UFT e ministrava aulas nas disciplinas de Antropologia, Introdução à Metodologia da Pesquisa em Ciências Sociais e Sociologia da Educação. Graduado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Amorim era mestre em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atuava em pesquisas sobre tambor de mina, medicina popular, educação e relações étnicas. A Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e GIAMA do Tocantins divulgaram nota de repúdio após o assassinato do professor. A ABA classificou o crime como “covarde” e se manifestou “a favor da lei que criminaliza a homofobia, demanda atuação firme e justa das autoridades”. O GIAMA pediu “justiça exemplar a este crime covarde e torpe”. “São necessárias leis que punam esse tipo de crime. Hoje, se odeia sem motivo e não há lei que coíba isso”, disse o presidente do GIAMA, Renilson Cruz.

A Polícia Civil do Tocantins acredita que o homicídio tenha sido por motivação homofóbica. Segundo o Grupo Ipê Amarelo Pela Livre Orientação Sexual (GIAMA) do Tocantins, o professor foi a 28ª vítima de crime de homofobia em dez anos no Estado. A UFT decretou luto oficial de três dias. O professor será sepultado neste sábado no cemitério municipal de Aparecida de Goiânia, em Goiás. (cafedasquatro.com.br)

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