quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Somos escravos do dinheiro?

Quarta-feira, 08 de fevereiro de 2012.

Somos escravos do dinheiro? (Foto Ilustrativa)
Pergunta fácil de fazer, difícil de responder e de concordar. A princípio, ninguém se acha escravo do dinheiro. Quando começamos a entender que para ter as coisas é preciso de dinheiro, passamos a dar uma atenção especial e a nos seduzir por ele. Perguntaram-me uma vez se as pessoas mudam por causa do dinheiro. Respondi que não. Creio que o dinheiro potencializa aquilo que as pessoas já são. Se a pessoa é boa, será melhor ainda. Se é má, sai de perto. Muitos acreditam e até falam por brincadeira que se o dinheiro não compra, manda trazer a felicidade. Ledo engano. A felicidade é uma sensação que precisa ser conquistada e na maioria das vezes ela só é duradoura quando não se envolve com dinheiro. A felicidade não pode ser confundida com satisfação. O dinheiro pode nos trazer satisfação momentânea, mas jamais uma sensação de felicidade permanente. O dinheiro foi criado para ser uma referência de valor e um bem de troca e é só para isso que serve mesmo. Só não pode ser trocado pela vida, pelo tempo, por uma pessoa, por um bem estimativo, pois são bens que não conseguimos dimensionar seu valor. Se um dia cometermos a insensatez de trocar o dinheiro por um desses bens, estaremos sim, nos tornando seus escravos. Pense bem nisto: o dinheiro compra prazer ou satisfação momentânea. O que hoje nos faz felizes, amanhã poderemos nem lembrar mais. Assim são as coisas e é assim que a nossa natureza nos impõe. Quando se trata de bens materiais somos volúveis e ou, apegados. Em qualquer dessas situações, sem dúvida, iremos nos aborrecer se colocarmos nossa vida ou a felicidade na dependência de ter este ou aquele bem. Comportamento típico de uma pessoa escrava do dinheiro: se tem um carro, fica desejando aquele que passa por ela. Possui inúmeros pares de sapato no guarda-roupa, sem utilidade. Quando vai ao Shopping não consegue voltar sem outro par para aumentar a coleção. Tem três aparelhos de televisão em casa, um de 40, outro de 32 e outro de 17 polegadas. Mas fica desejando o de 60 polegadas, LED, Full HD, etc, etc. Quantos quartos em casa desocupados? Quanta comida jogada fora? Quanta água desperdiçada em banhos demorados? Possui cinco ternos guardados, mas o desejado é aquele visto na vitrine. Enfim esses fatos são lembrados para mostrar como somos parecidos em nossa forma de nos deixar seduzir pelo consumo. Talvez não sejamos iguais, mas os desejos parece que vêm em pacote fechado, e só muda mesmo o endereço. É exatamente contra esse comportamento que precisamos lutar e nos libertar. Isso só será possível primeiro ao reconhecer nossas fraquezas e segundo ao se fazer uma introspecção para resistir às tentações de uma sociedade consumista e competitiva. Quanto mais nos libertarmos, mais tempo teremos para viver e mais chances de conquistarmos a verdadeira e duradoura felicidade. Vamos tentar? Uma boa noite, meus amigos!

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