sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Juíza, jurada de morte, é assassinada no Rio


Sexta-feira, 12 de agosto de 2011.
A juiza Patrícia Acioli, mesmo ameaçada dispensou segurança.
Decisão foi fatal (Foto Osvaldo Praddo/Ag.O Dia)
A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) afirmou nesta sexta-feira que a juíza Patrícia Lourival Acioli, assassinada a tiros durante a madrugada de hoje em Niteroi (RJ), integrava uma "lista negra" com o nome de 12 pessoas que estavam marcadas para morrer. A lista foi encontrada com um suposto traficante preso no Espirito Santo. De acordo com a entidade, Patrícia é "mártir da magistratura no combate ao crime organizado".  A nota ainda diz que o carro da juíza já havia sido metralhado anteriormente e "mesmo assim não tinha qualquer segurança a sua disposição".  No ano passado a falta de segurança foi um dos motivos que fizeram os juízes cruzarem os braços durante um dia de trabalho. Em nota, os magistrados federais brasileiros “exigem a apuração rigorosa do caso e a prisão dos criminosos e, em especial, respeito por parte do Poder Legislativo e Governo acerca dos direitos e prerrogativas dos juízes tão aviltados nos últimos anos. A magistratura exige respeito", finaliza a entidade.  O presidente da Associação dos Magistrados do Rio, Antônio Siqueira, disse hoje que a juíza Patrícia Lourival Acioli dispensou a segurança oferecida pelo Tribunal de Justiça.
O Crime
A perícia constatou que pelo 15 tiros atingiram o veículo da
juiza (Foto Severino Silva/Ag.O Dia)
A juíza foi morta às 23h45 quando chegava em sua casa após uma seção no fórum de São Gonçalo, na região metropolitana. A perícia constatou que ao menos 15 tiros atingiram o veículo. O total de tiros disparados, no entanto, ainda não foi determinado.  Segundo a polícia, as imagens flagraram o momento em que os criminosos fugiam após o crime. Testemunhas afirmaram que eles estavam em dois carros e duas motos, mas o número de criminosos que participaram da ação ainda é desconhecido.  Alguns vizinhos da juíza já foram ouvidos pela polícia. O marido dela, o policial militar Marcelo Poubel, ainda depõe na delegacia. Já um vigia da rua em que a juíza mora está sendo procurado pela polícia para prestar depoimento. Ele estava em uma guarita no momento do crime, segundo a polícia.  (Folha Online)
Editoria de Arte da Folhapress


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