quarta-feira, 22 de abril de 2015

Liberação da terceirização para todas as atividades gera protestos na Câmara

Quarta-feira, 22 de abril de 2015.

Câmara libera terceirização para todas as atividades.
Decisão é polêmica e gera protestos
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMD-RJ), decidiu agora à noite que a aprovação de uma emenda de autoria do PMDB na sessão desta quarta-feira (22) prejudicou a proposta que tentava limitar a terceirização das atividades-fim das empresas. Com a interpretação do seu presidente, a Câmara manteve o projeto do relator, deputado Arthur Maia (SD-BA), no trecho em que estende a terceirização para todas as atividades. Segundo Maia, com a decisão de Cunha, o plenário não poderá mais alterar o trecho que autoriza terceirizar todas as atividades.
Protestos
A decisão de Cunha de impedir a votação do destaque sobre a matéria que retiraria do projeto a terceirização da atividade-fim gerou protestos de parlamentares contrários à terceirização, entre eles a deputada federal pelo PTN do Paraná, Christiane Yared.
Entenda a questão
A emenda do PMDB reforça a possibilidade de terceirização de qualquer função ao definir empresa contratada como "associações, sociedades, fundações e empresas individuais" que prestem serviços relacionados à "parcela de qualquer atividade da contratante". Atualmente, uma súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) só autoriza terceirizar atividades-meio, não atividades-fim. Ou seja, uma universidade particular pode subcontratar serviços de limpeza e segurança, mas não contratar professores terceirizados. A limitação das terceirizações à atividade-meio era uma das principais bandeiras do PT, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de parlamentares de partidos diversos contrários a extensão da terceirização também para as atividades-fim. Esses parlamentares lançaram em vão campanhas nas ruas e nas redes sociais contra o projeto.
A posição da deputada Christiane Yared
Deputada Federal Christiane Souza Yared
“Entendo que a questão da atividade-fim deveria ter sido votada nominalmente para deixar clara para os trabalhadores a posição de cada parlamentar sobre o tema, mas infelizmente o presidente achou por bem não adotar este procedimento. Agora a questão vai para o Senado. Confio que lá ela possa ser melhor debatida, repensada. Não é possível que a classe trabalhadora seja prejudicada mais uma vez. Os parlamentares devem ser sensíveis àqueles mais fragilizados na relação do trabalho e não legislar em favor dos que focam  tão e unicamente nos lucros e dividendos de suas empresas. Acredito que a questão ainda vá dar uma reviravolta em favor dos trabalhadores”, finalizou a deputada federal Christiane Yared.( http://christianeyared.com.br)


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