sábado, 25 de abril de 2015

O mau exemplo é institucionalizado

Sábado, 25 de abril de 2015.
Antes de ser padre, a pessoa é um cidadão como outro qualquer, com direitos e obrigações. O religioso tem por missão conduzir espiritualmente um rebanho. Daí o foco. Daí a cobrança. Como esperar a credibilidade de seus fiéis, se como cidadão não cumpre as leis? Parece brincadeira, mas não é! Da autoridade pública e dos servidores públicos se espera que cumpram com suas obrigações institucionais. Também dos religiosos, que são pessoas à serviço de ministrar a Palavra de Deus, espera-se no mínimo que deem o testemunho de cumpridores da lei social, além das espirituais. Li essa informação hoje no site da deputada federal Christiane Yared com pesar e ao mesmo tempo com preocupação, pois esse padre não é o único e muito menos as autoridades que aos milhares dão o mal exemplo. A questão é muito mais grave do que se pensa pois ninguém escapa: Policiais, juízes, deputados, senadores, governadores e presidentes e ex-presidentes, entre outros. A desobediência às leis de trânsito é institucionalizada nesse país e a maior culpada disso é a famigerada sensação de impunidade que graça à solta em todas as instituições públicas e privadas. A luta não será fácil, mas só com um sistema processual penal mais célere e a educação desde a tenra idade poderão livrar a população brasileira de um morticínio comparado às grandes guerras mundiais. JoYa
Sábado, 25 de abril de 2015.
Mal exemplo: Padre responde por crime de trânsito, em Belo Horizonte, MG
Depois de ter batido em uma motocicleta da Polícia Militar, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, MG, os policiais constataram que o motorista era um padre e que surpreendentemente estava embriagado. O flagrante aconteceu durante uma blitz, na madrugada deste sábado (25). O religioso mineiro foi detido depois que o teste de bafômetro apontou 0,44 mg/l de álcool no sangue. Acima de 0,34 mg/l é considerado crime de trânsito. Com visíveis sinais de embriaguez, o padre Erli Lopes Cardoso, de 41 anos (foto), disse que havia bebido duas cervejas e uma dose de cachaça. Ele teve a carteira de habilitação recolhida e depois de ser ouvido pela Polícia Civil foi liberado, mas vai ter que responder por crime de trânsito.
Vamos reforçar
Por quê álcool e direção não combinam e a mistura é considerada crime de trânsito? Uma simples latinha de cerveja já é o suficiente para diminuir o reflexo do motorista apenas vinte minutos depois que ele ingere a bebida, tempo em que o álcool chega ao sistema nervoso. Se uma já diminui, duas latinhas diminuem mais ainda o reflexo. O que dizer de dez latinhas de cerveja? Ou de duas doses de uísque, ou de duas caipiroscas, ou outras bebidas fortes como a cachaça (como foi o caso do padre)? Já ouvi muita gente dizer que quando bebe dirige melhor ainda. Isso é pura irreal! O álcool diminui sim, os reflexos.e isso é uma constatação científica. Ninguém está inventando isso. O equilíbrio corporal diminui, a visão diminui, o tato diminui, a audição diminui e isso é extremamente perigoso se aliado ao exigente ato de dirigir. Todos os sentidos do corpo são reduzidos, e quanto maior a quantidade ingerida de álcool, maior será essa redução dos sentidos. Quem bebe e depois dirige assume o risco de tudo o que acontecer, inclusive quando, mesmo sem desejar, mata alguém numa colisão em que fique comprovada culpa que juridicamente passa a ser considerado dolo eventual. É por causa de motoristas embriagados que todos os dias pessoas continuam a morrer ou a ficar com sequelas graves para toda a vida.

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