segunda-feira, 11 de julho de 2011

“Médico” calhorda


Segunda-feira, 11 de julho de 2011.
Será que a Justiça dará a resposta que a
sociedade precisa?
Um desentendimento entre um médico e o pai de uma paciente começou no corredor de um hospital, na Região Leste de Belo Horizonte, e terminou na delegacia, neste domingo (10). O homem procurou a unidade de saúde à procura de atendimento para a filha, que estava com suspeita de fratura no pé. Ele contou que o médico negou o atendimento por duas vezes, alegando questões administrativas. "Quando eu falei que eu ia fazer uma ocorrência policial, ele sacou uma arma, apontou para a minha cabeça, colocou todo mundo em risco", disse o pai, indignado. O segurança e o diretor do hospital teriam separado os dois. Segundo a Polícia Militar (PM) que fez o boletim de ocorrência, o médico é PM e estaria portando uma pistola dentro do hospital. “A arma foi recolhida. Ele tem o registro da arma de fogo, é um policial militar, mas não ficou aqui constatado o emprego dessa arma de fogo”, disse o tenente Cássio Pires. O médico alegou que foi agredido pelo paciente que o teria ameaçado e tentado forçar uma consulta pelo plano de saúde. O caso foi encaminhado para a delegacia de plantão onde os envolvidos prestaram depoimento. A direção do hospital foi cientificada e as imagens serão fornecidas tão logo sejam requisitadas pela polícia judiciária. O médico disse que foi agredido verbalmente pelo pai da paciente e negou que tenha apontado a arma para a cabeça dele. Por meio da assessoria de comunicação, a diretoria do hospital informou que está apurando a situação para poder se pronunciar sobre o caso. (G1)
 
Primeiro: com plano de saúde ou não, o médico deveria ter atendido a criança que provavelmente estava sentindo dor pela lesão sofrida. Não o fez. Quem é pai sabe que sentimos a dor de nossos filhos em dobro e ao receber a negativa do profissional, a reação é imediata.
Segundo: além de ter negado socorro a uma vítima com trauma, o ilustre “doutor” confundiu as funções e agiu como policial militar, sacando uma arma e ameaçando o desafeto. Só que não era uma ocorrência policial. O cidadão em questão não era um bandido e nem estava desacatando uma autoridade. Estava apenas exigindo ou apelando para o atendimento à sua filha, com suspeita de fratura no pé.
Terceiro: não será de estranhar que o “corporativismo” venha a blindar o mal profissional que pelo ocorrido deveria sofrer punição severa nas duas funções: como médico e como policial. Pelo comportamento, não é digno de ser nenhum dos dois.

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