quinta-feira, 14 de julho de 2011

PMDB, enfim oposição: deputado federal João Arruda detona governo de Beto Richa ao fazer balanço dos primeiros seis meses da gestão do PSDB no Paraná



Quinta-Feira, 14 de julho de 2011.
O deputado federal João Arruda (PMDB/PR) fez nesta quarta-feira (13), na tribuna da Câmara, um balanço dos primeiros seis meses da gestão Beto Richa. Arruda citou a inércia do atual governo e enumerou escândalos noticiados pela imprensa paranaense, como a locação de aeronaves sem licitação e a criação de supersecretarias para o irmão e a esposa do governador.
Arruda lembrou que Osmar Dias não conseguiu vencer Richa nas eleições do ano passado. Mas foi nomeado vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil e tem feito mais pelo Paraná do que o atual governador.  Arruda lembrou que todos os investimentos públicos até agora anunciados são com recursos do governo da presidenta Dilma Rousseff. Num jogo de marketing, mudaram até o nome dos programas para esconder que o dinheiro foi transferido pela União.
Denúncias
Sanepar e Copel, empresas públicas paranaenses, superavitárias, reajustaram as tarifas.
Sanepar
 A Sanepar dobrou a distribuição de lucro aos acionistas privados. Pasmem:  o consórcio privado Dominó assumiu a vice-presidência da Sanepar, a companhia de saneamento. Esse mesmo grupo havia sido expurgado no governo de Requião por causa de um pacto irregular realizado na gestão de Jaime Lerner, que aumentava a distribuição de lucros de 25% para 50%, com conseqüente impacto no preço da tarifa da água dos mais pobres.  Arruda pontuou que a Sanepar hoje está sendo privatizada por dentro . Os investimentos serão públicos, mas os lucros serão privados.
Copel
A Copel,  estatal de energia, uma das mais eficientes do país, também corre o risco de ser privatizada pelo atual governo do Paraná. Informa Arruda que uma agência reguladora deverá ser criada com intuito de fiscalizar os serviços de água e luz. “Por que o Estado precisa fiscalizar o Estado?”, pergunta. Segundo ele, mais uma artimanha do governo de Richa para vender todas as empresas públicas. Isso significará a médio prazo tarifas mais caras e demissões em massa do corpo técnico dessas companhias.
E tem mais
Depois de lembrar do polêmico aluguel de aeronaves, sem licitação, da suspensão do pagamento das aposentadorias aos ex-governadores, enquanto a questão está sob análise do  Supremo Tribunal Federal, a manutenção do pagamento da mesma aposentadoria à sua mãe, João Arruda criticou o cancelamento da eleição de seu tio Maurício Requião para o Tribunal de Contas para dar vaga ao advogado do governador.
Nepotismo
O deputado federal João Arruda também criticou a criação de duas supersecretarias que, juntas, vão acumular cargos e poder concentrando 80% da capacidade de investimento do Estado. Uma delas é comandada pela mulher do governador. A outra ficou para o irmão, José Richa Filho. O governador, lembrou Arruda,  que tanto criticou o nepotismo, nomeou a mulher e o irmão para gerenciarem 80% do orçamento do Estado. Algo em torno de 1 bilhão de reais por ano. “No Paraná se pratica agora o supernepotismo”, enfatiza Arruda.
E prossegue: “Além deste valor, o irmão do governador vai contar com a receita própria de algumas autarquias, como a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina. Como se não bastasse, o supersecretário vai concentrar grande parte das transferências do PAC para o Paraná. Recursos para construção de ferrovias, rodovias e ampliação dos portos e aeroportos passarão pelo irmão do governador. A esposa vai controlar os recursos do Bolsa Família que atende perto de um milhão de pessoas no Paraná. Além dos recursos para os demais programas sociais do governo federal. E recursos do próprio Estado para combate à pobreza.Esta manobra supernepostista vai custar aos paranaenses 8 milhões e 600 mil reais. São mais 295 cargos comissionados em duas pastas que vão tratar de todas as obras e da infraestrutura do Estado e de todos os programas sociais oferecidos,” finaliza João Arruda. 
* O referido balanço foi feito no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasilia, na última quarta-feira. E como fica a posição dos deputados estaduais que, mesmo sendo do mesmo partido de Arruda, estão a apoiar todas as denúncias estabelecidas pelo companheiro de partido? No mínimo um contra-senso ideológico que precisa ser discutido internamente, sob pena de macular a credibilidade da população na histórica legenda, aqui no Paraná.


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