terça-feira, 12 de julho de 2011

Motivo torpe: cobrança de calote é motivo para mais um crime de morte, em Curitiba


Terçaa-feira, 12 de julho de 2011.
Até quando um crime de morte será apenas mais do
que uma notícia para nós?
A notícia que você lerá logo abaixo mostra a que ponto a violência fragiliza a vida de um cidadão na sociedade de hoje. Eu sou do tempo em que um crime de morte era um acontecimento único de uma década. Era um escândalo quando ocorriam dois crimes em um ano. Hoje, de cinco a dez mortes violentas por dia são registradas nas grandes cidades e ao tomarmos conhecimento, como se fosse algo comum, apenas damos uma olhadela na notícia e passamos adiante. Afinal, não é conhecido nosso então deixa para lá. O que preocupa é exatamente esse estado de acomodamento da sociedade para fatos como este que aconteceu aqui em Curitiba. Um cidadão vende um produto. O outro dá calote. No momento da cobrança, ameaça de ambas as partes. No segundo momento, isto é, no dia seguinte, a solução para o problema foi encontrada: “mato o credor, e pronto, soluciono o problema”.  A sociedade, através da polícia e depois da Justiça deve dar uma resposta rápida a esta questão. Prender o criminoso e julgá-lo com todos os agravantes possíveis devido ao motivo fútil que originou o crime. Ao contrário, uma simples discussão de trânsito, ou em uma fila de banco, ou na desavença de uma negociação será motivo para tirar a vida do oponente. A situação é bem mais séria do que podemos imaginar. A vida em sociedade, se não houver uma discussão e busca de solução para esta questão, está ameaçada de se inviabilizar, logo, logo.
O crime
O serralheiro Alex Sampaio dos Santos, 25 anos, foi assassinado na noite de segunda-feira (11), na rua Carlos Amoretty Osório, no Sítio Cercado, em Curitiba. A polícia investiga se uma negociação mal sucedida teria motivado o crime. Segundo apurado no local por policiais do 13º Batalhão da Polícia Militar (PM), Alex teria vendido uma motocicleta para um traficante da região, conhecido como "Pezão", que, por sua vez, não pagou o combinado. No fim de semana, Alex teria ido cobrar a dívida de "Pezão", que não gostou da atitude do serralheiro e o ameaçara de morte.  A ameaça foi cumprida ontem, por volta das 22h. Segundo a soldado Larissa, ninguém da região quis comentar o ocorrido. Porém, foi apurado que o atirador estaria na garupa de uma motocicleta. 

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