domingo, 22 de maio de 2011

Gelo é possível causa de acidente do voo 447 da Air France


Domingo, 22 de maio de 2011.
Reportagem da revista alemã "Der Spiegel" deste domingo
O avião da Air France que desapareceu no oceano quando fazia a rota Rio-Paris, com 228 pessoas a bordo, sofreu uma parada súbita provocada pelo gelo acumulado nas sondas de velocidade Pitot, segundo a edição deste domingo da revista alemã "Der Spiegel". A revista, citando um investigador do acidente que pediu anonimato, garante que as causas exatas do acidente ainda não são conhecidas, mas que as informação recuperadas até agora das caixas pretas sugerem que os medidores de velocidade congelaram, o que provocou uma falha no Airbus A330. 
 
(Ao lado, um modelo do medidor de velocidade conhecido como sonda Pitot) Segundo o áudio gravado por um dos aparelhos, o CVR (Cockpit Voice Recorder), o comandante do voo, Marc Dubois, não estava na cabine quando os alarmes soaram. É possível ouvir ele chegando correndo à cabine, quando "grita instruções aos seus dois copilotos", afirma o especialista à revista alemã. Até agora se pensava que a tripulação havia direcionado o avião diretamente para uma área de tempestade. Mas a trajetória do voo gravada na caixa-preta FDR (Flight Data Recorder), segundo a revista, revela que os pilotos claramente tentaram escolher o melhor caminho possível através da tempestade.
Inicialmente a manobra pareceu ter funcionado, mas cristais de gelo se formaram nos medidores. As informações do FDR mostram que instantes após a falha dos sensores houve uma parada súbita dos motores, disse o especialista à "Der Spiegel". Não está claro se isto foi consequência de um erro dos pilotos ou se os computadores da aeronave fizeram ajustes automaticamente. A investigação do acidente é acompanhada de perto na Alemanha, já que 28 passageiros do voo eram alemães. Desde o acidente, a Airbus já publicou seis comunicados técnicos recomendando a substituição das sondas Pitot, do fabricante francês Thales, por sondas da americana Goodrich. A falha nas sondas também foi a principal conclusão do segundo do BEA (Birô de Investigações e Análises, órgão do governo francês encarregado das investigações) sobre o acidente, publicado em dezembro de 2009. (France Presse)


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